Pesquisadores do Alasca monitoraram uma fêmea de urso polar que nadou 232 horas consecutivas, percorrendo 687 quilômetros até finalmente chegar ao gelo do Oceano Ártico. A descoberta ressalta a enorme capacidade de sobrevivência dos ursos polares na água, mas também demonstra o imenso ônus* de serem obrigados a fazê-lo por longos períodos.
Ursos Polares podem nadar razoavelmente bem e sobreviver durante longos períodos na água, mas pagam um alto custo energético por isso.
A pergunta lógica a se fazer é: por que a ursa continuou nadando? Por que não retornou em algum momento? Parece que a resposta está simplesmente no fato de que, no fim de agosto, os ursos polares do norte do Alasca rumam para o norte para chegar ao gelo marinho, e é isso o que ela estava fazendo. É o que os ursos polares são programados para fazer, e não há nada em sua caixa de ferramentas mental que os levaria a crer que o gelo não estaria no local de sempre, desde que avançassem na direção correta – uma suposição bastante razoável.
À medida que o gelo marinho do Ártico continua a diminuir, as situações enfrentadas por esta ursa podem se tornar mais comuns, com consequências ainda mais graves, uma observação feita anteriormente em um trabalho publicado em 2006 na Polar Biology.
*Obrigação de difícil cumprimento.
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